Abro aqui uma nova rubrica para o blogue gERAÇÃO.
Para além do que têm sido minhas opiniões sobre o assunto, já era costume aqui ou alí publicar alguns textos que vou encontrando pela blogosfera ou mesmo pela imprensa sobre a temática Geração Rasca, a sua cidadania, quotidiano, marcas, ou sentimentos, intervenção politica ou social. Não fosse esse o tema por aqui sempre em epígrafe.
De algum tempo para cá ponderava passar a convidar algumas pessoas, pensadores por natureza, amigos da meditação e reflexão destes assuntos de cidadania, pelo que comecei por lançar o convite ao meu caríssimo amigo Pedro, o qual me deu o gosto de prontamente aceitar. Fica então a pessoa e a sua reflexão por esta nossa Geração.
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Pedro Rosa de Oliveira, Engenheiro Mecânico de formação e Administrador de uma PME na Marinha Grande.
Tem o seu percurso escolar até ao 12º ano feito no Concelho de Porto de Mós e a formação Superior passa pelo ISEC em Coimbra. Casado com uma tricana [denominação dada a mulher de Coimbra] pai de dois filhos, apaixonado pela Associação Académica de Coimbra, da qual é sócio activo e interveniente. Diz adorar ler, cinema, música e muito, mas mesmo muito de viajar, não fazendo a coisa por menos de duas três vezes ao ano.
Pala além disso, não dispensa umas boas tertúlias à volta de uma mesa bem composta de amigos e de iguarias. Com a blogosfera, descobre o gosto pela escrita. Tem agora a palavra, Pedro Oliveira.
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É uma honra e um privilégio ser convidado, pelo meu amigo Paulo César para iniciar a sua rubrica de convidados no "Geração Rasca".
Foi-me pedido para falar da nossa geração, dos primeiros netos do 25 de Abril, dos filhos dos emigrantes, dos pioneiros em várias inovações que tiveram o seu lugar nos últimos 20 anos do século XX.
Pensei, pois, em escrever sobre os nossos brinquedos, da playmobil, à lego, sem esquecer o famoso cubo mágico e os tradicionais pião, fisgas e bola, que ainda hoje faz parte das brincadeiras dos meninos. Para os mais abonados, a palavra Spectrum, tem um significado especial, ou não fosse o primeiro computador, qual Magalhães! Para quem não tinha possibilidades de jogar com o célebre Spectrum, sobrava o jogo da porrada na rua, quando se zangavam os meninos. Sempre servia para marcar pontos à falta de melhor divertimento, enfim, miúdos dos anos 70!
Pensei em escrever nas várias dificuldades por que vi os meus pais passarem, primeira geração em que os dois membros do casal trabalham fora de casa, em simultâneo. A muito custo, conseguiram sustentar 3 filhos, sendo que 2 frequentaram o ensino superior apenas com um ano de diferença. Nesta altura, a agricultura, como actividade extra, funcionou como fonte de rendimento e de aprendizagem, pois os filhos foram voluntários à força para ajudar nas lides da terra, permitindo, assim, valorizar o esforço e reconhecer a capacidade de sacrifício dos pais, para assegurar o futuro dos seus. Também me ocorreu abordar o tema quente das propinas , das associações de estudantes nas juventudes partidárias e nos momentos irreverentes que foram as grandes manifestações dos anos 90, em que tivemos os nossos momentos de glória na TV, mas que não resultaram em nada, a não ser o título de "Geração Rasca".
Ainda estive tentado a dissertar sobre o que representa ser pai hoje em dia, uma vez que somos a primeira geração que os filhos tratam por tu, já que, pelo menos na província, era regra dar como tratamento aos próprios pais, você.
Em oposição, relembro os episódios dos Cinco, do Tom Sayer, das fantásticas e inesquecíveis "Les Marveillouses Cités d'Our", onde a nave Condor tinha lugar de destaque. Quem não se lembra do popular concurso televisivo 123, dos Jogos sem Fronteiras, apresentados por Eládio Clímaco, da espectacular série Mcgayver, do fantástico Michael Night e o seu Kit, do A-team, missão impossível, entre muitas outras.
Enfim séries de outros tempos! Depois disto tudo, ainda sobrou espaço para falar nas discotecas, porque para quem já não se recorde, sim, somos da geração dos primórdios destas casas de música, enquanto os nossos pais se deslumbravam com a "lareira" e uma "batota" em casa deste ou daquele, nós tínhamos a Kiay, a via sacra, a Sunset, O Moinho, O Dom Papagaio, a Greenhill e porque não, umas idas a Lisboa mais ousadas...
Não, tenho é de falar da música dos Pink floyd, U2, Queen, Madona, Tina Turner, Dire Straites, REM, Trovante, Xutos, Táxi, António Variações, UHF, Iron Maidem, Deepurple, James, Sétima Legião, Scorpions, Duranduran, Genesis, Police, Wham, Simon & Garfunkle, Gun n'Roses, Metalica ... e por aí fora.
No fim desta reflexão toda, decidi que esta geração tem uma marca de água que a diferencia das outras todas, a necessidade e capacidade de adaptação, de querer inovar, de querer ser melhor, de não se resignar e, principalmente, de ser uma geração AMIGA do seu AMIGO. Os valores eram outros.
Para terminar, digo que tenho orgulho em pertencer a uma geração que à rasca é o futuro do meu País e que quer ser "A" geração, e não apenas mais uma.
Um abraço.
Pedro Oliveira.
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