Terça-feira, 2 de Dezembro de 2008

cRÓNICAS dA gERAÇÃO (II) - pOR pRONUNCIA dO nORTE

 

Dando sequência a esta rubrica, apresenta-se a segunda  cRÓNICA dA gERAÇÃO à convite, pela mão da bloguer do Pronúncia do Norte

Identificando-se a convidada, temporalmente, com a geração anterior a nossa,  é com redobrada atenção que me debruço sobre a leitura da sua reflexão e do que nos tem em sua opinião a dizer. 

Um olhar de fora por alguém a quem lhe vou reconhecendo nos escritos ,  reflexão, lucidez, boa disposição "qb", sem deixar de criticar,  no meu entender de uma forma construtiva, o  que encontra  neste nosso Portugal contemporâneo .

 

Já pela fase da sua conclusão nesta crónica que me deu o prazer de aceder em connosco partilhar, eis uma das deixas que pessoalmente mais acabo por reter:

"sinto que a Geração Rasca está entalada entre duas gerações completamente distintas, a “Geração Yuppie” e a “Geração Sem Esperança”, cabe à GR fazer a ponte, ajudar o melhor lado, indignando-se contra o estado da nação e do mundo, mas ainda capaz de ajudar a fazer um país e um mundo um bocadinho melhores!"

 

________

Tem a palavra, a Pronúncia do Norte.

 

 

 

 

*************************

 

É com muita honra que aceito o amável convite do Paulo César do blogue “gERAÇÃO rASCA”, para escrever um texto em que o tema é precisamente “Geração Rasca”.

 

Então cá vai.

 

Em primeiro lugar quero deixar bem claro que eu não faço propriamente parte da GR (Geração Rasca), embora considere que tenho alguma coisa a ver com ela e compreenda os seus protestos, sonhos e desilusões. Não que os tenha sofrido na “pele”, que não sofri, antes pelo contrário, até hoje, considero-me uma pessoa privilegiada. Tenho conseguido realizar alguns dos meus sonhos, e trabalho na minha área de formação. Tudo me dá gozo, até o trabalho, como alguém disse: “Não faço aquilo que gosto, mas gosto daquilo que faço!” - só isto para mim é um enorme privilégio.

 

O que é que eu tenho a dizer sobre a GR?

Começou a ser assim apelidada, após as MANIF's, onde a GR contestava o valor das propinas para o Ensino Superior, instituídas na altura pelo Governo, estávamos em meados da década de 1990. Ficaram famosas as fotografias em que os manifestantes mostravam o rabinho, em sinal de protesto, com toda a carga do que isso queria dizer. A coisa não foi pacífica, antes pelo contrário, manifestações houve em que a Polícia de Choque interviu.

 

Que é feito hoje desses acesos estudantes, que gritaram e mostraram a sua indignação ao País?

Eu diria que a uma grande maioria, pagou as Propinas, acabou os respectivos cursos, começaram a trabalhar, constituíram famílias, endividaram-se para comprar casa e hoje é uma luta diária para conseguirem viver condignamente.

Sim porque, como o Paulo César já afirmou em vários textos, para além de “Geração Rasca” esta também podia ser apelidada de “Geração à Rasca”, “Geração Recibo Verde” ou “Geração 500,00€ mensais”. Como se pode ver pelos nomes não é fácil viver assim, cada dia é uma luta, sem fazer grandes planos para o futuro, mas agarrando bem o que se tem, porque é preciso pagar as contas no fim do mês. Compreendo que não haja tempo, nem paciência para a contestação. A vida obrigou a GR a acomodar-se, a calar-se e a ir tentando viver, o melhor que pode. No princípio lá foram aceitando os trabalhos que não tinham nada a ver com eles, nem com a sua formação, mas sempre era um trabalho, sempre com a esperança de que as coisas melhorassem e, quem sabe, um dia podiam ter empregos mais de acordo com o que estudaram e melhor remunerados. Mas o País pregou-lhes uma partida de muito mau gosto.

 

Desde os anos 90 que todos sentimos na pele e na carteira as politicas desastrosas impostas quer pelos nossos consecutivos (des)governos, quer pela Comunidade Europeia, e principalmente pelos grandes interesses económicos que começaram a surgir desenfreadamente nos anos 80 (quem não se lembra dos Yuppies), foram crescendo qual Polvo Gigante, estendendo os seus tentáculos a tudo e todos, aumentando a sua riqueza, para alimentarem a sua vaidade pessoal e dos da sua laia, sem olhar a meios nem a fins, hipotecando o inclusivamente o futuro. Os resultados estão à vista. E mais uma vez quem vai pagar a factura somos nós e as gerações vindouras. Onde está o desenvolvimento sustentado que eles tanto apregoam?

 

 

Mas tudo o que estamos a viver já há muito que se anunciava, só não via quem não queria ver. Os sinais estiveram sempre cá todos. 

Os Políticos foram abandonando as suas ideologias – hoje as ideologias políticas (se é que lhes podemos chamar ideologias) fundem-se umas nas outras, já não há direita nem esquerda, há uma amálgama de carreiristas políticos, que nasceram nas respectivas jotas, nunca estudaram (ou mal) nem nunca trabalharam, são só e apenas Políticos de profissão, que se governam mas nos desgovernam a nós e tiraram até a esperança numa vida digna aos mais novos, aqueles que começaram a trabalhar, ou tentar trabalhar, nos anos mais recentes. E quem lhes paga a Boa Vida? Oficialmente nós, com os nossos impostos, oficiosamente o Polvo para quem eles realmente governam, com os Sacos Azuis que por aí proliferam, mas que são tão difíceis de encontrar.

 

No Ensino é o que se vê, não se aprende nada, está em crise e em experimentação à mais de 20anos. 

 Os resultados estão à vista. Cada vez mais os alunos saem das nossas escolas e universidades mal preparados, com a sensação que o mundo de trabalho vais ser a mesma “balda” que foram os anos de estudo, onde não aprenderam o essencial, o ensino ensinou-lhes o facilitismo (não tens que estudar para passar), no mundo real o facilitismo pura e simplesmente não existe. Mas apesar disso é com agrado que vejo e conheço muita malta jovem com vontade de trabalhar, aprender e “ir à luta” contra tudo e contra todos.

 

A Justiça é uma anedota, nem vale a pena falar, os exemplos de (in)justiça entram-nos pela casa dentro todos os dias, é só ligar a televisão.

 

A Saúde está doente.

 

A informação é (des)informação, ao serviço do governo, dos interesses económicos, (des)informam sobre tudo menos aquilo que interessa – a Verdade. Só interessa o mediatismo, o show off, o sensacionalismo, a desgraça alheia, enfim, uma VERGONHA. Infelizmente só uma minoria de portugueses que se pode dar ao luxo de se informar correctamente, analisar, pensar e tirar as próprias conclusões.

 

O Povo tem, e sempre teve memória curta, ainda acredita em promessas, quer é festa, revistas cor de rosa, reality shows. Mas queixa-se sempre, vota sempre nos mesmos e fica sempre à espera que alguém lhes venha resolver os problemas, porque Ele não é capaz.

 

O Individualismo impera, cada um de nós só olha para o próprio umbigo e desde que eu resolva a minha vidinha os outros que se amanhem.

 

Eu também me queixo, mas apesar de tudo sou uma optimista, continuo a pensar que tudo tem solução, é com os erros que se aprende, não se pode é cometer sempre os mesmos, há que corrigi-los, ir em frente, sempre conscientes que havemos de fazer outros erros, mas é assim que se aprende e é assim que se avança.

 

Penso que quem realmente pode dizer bem alto “Basta” é a nova geração que está aí a surgir. Infelizmente, mal já eles estão (sem culpa nenhuma). Já não têm mais nada a perder. A nós compete-nos apoia-los, que mais não seja com o nosso “desenrasque”, afinal foi em “Desenrascanço” (no bom sentido) que nós nos especializamos.

 

Temo que este texto, para além de longo, se tenha afastado um pouco (para não dizer bastante) do tema inicial, mas sinto que a Geração Rasca está entalada entre duas gerações completamente distintas, a “Geração Yuppie” e a “Geração Sem Esperança”, cabe à GR fazer a ponte, ajudar o melhor lado, indignando-se contra o estado da nação e do mundo, mas ainda capaz de ajudar a fazer um país e um mundo um bocadinho melhores!

Os anos da Geração Rasca foram sem dúvida “Os ANOS”, aqueles que relembro com saudade e nostalgia, onde conheci aqueles que hoje mais do que Amigos já são a Família que escolhi (apesar de adorar a que me calhou em sorte), onde despertei para a Vida e para o Mundo - sempre ao som das bandas dos anos 80, claro!

 

Foram anos bons, mas como diz a canção “Contentores” dos Xutos & Pontapés (mais uma referência desses anos):

 

 

“É a escolha que se faz

O passado foi lá atrás!

E nasce de novo o dia

Nesta nave de Noé

Um pouco de Fé! Um pouco de Fé!

 

 

Bem hajam

 


Paulo Jerónimo às 13:35
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11 comentários:
De Pedro Oliveira a 2 de Dezembro de 2008 às 17:49
PN,
Um bom retrato dos nossos dias, mas temo que ao contrário do que cantam os xutos, nem com um pouco de fé isto lá vai.


De Pronúncia do Norte a 2 de Dezembro de 2008 às 18:45
Pedro:
Eu sei que o cenário é negro. Mas quando digo "fé" quero dizer esperança e olha que , no dia em que deixarmos de ter esperança não andamos cá a fazer nada. Afinal há um ditado que diz que a "Esperança é a última a morrer" e eu ainda vou acreditando na sabedoria popular.
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Pedro: <BR>Eu sei que o cenário é negro. Mas quando digo "fé" quero dizer esperança e olha que , no dia em que deixarmos de ter esperança não andamos cá a fazer nada. Afinal há um ditado que diz que a "Esperança é a última a morrer" e eu ainda vou acreditando na sabedoria popular. <BR><BR class=incorrect name="incorrect" <a>bjs</A> <BR><BR>Pronúncia


De Paulo Jerónimo a 2 de Dezembro de 2008 às 18:59
Amigos Pedro e PN,
Não fosse de facto esse "Pouco de fé e esperança" e já tinhamos dado todos a sola daqui para fora, não é verdade?

Mas algo nos faz acreditar que vale a pena ir-mos insistindo, não é verdade? Não sabemos as vezes bem no que...
daí secalhar ter que trautear eu também:
“É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás!
...Um pouco de Fé! Um pouco de Fé!

Voto em branco a eles todos!
e podia ser que abrissem a pestana!


De Pronúncia a 2 de Dezembro de 2008 às 19:39
Paulo:
Agora não adianta votar em branco, porque são contados junto com os nulos. Antigamente eram separados (x% de brancos e y% de nulos), mas agora é tudo junto (x% de brancos ou nulos).
Eu já fiz essa proposta, até gostava de saber o que aconteceria se os brancos tivessem maioria. Inclusivamente já votei em branco muitas vezes e olha que me deslocava de propósito para ir votar. Sim, porque mais do que um Direito eu continuo a achar que Votar é um DEVER!

Pronúncia


De Paulo Jerónimo a 2 de Dezembro de 2008 às 21:43
Pois...
inventam-nas todas para como tu dizes na crónia, eles próprios se governarem a sí mesmos ...

há quem defenda a tese de que as revoluções à séria ocorrem mais ou menos de 40 em 40 anos.

Ora o 25 de Abril foi a ... deixa cá ver...
2008 menos 1974, dá...
bom, é só fazer as contas...
(com os devidos créditos a esse grande senhor que começou a fazer disto tudo um pantano. Mr Guterres)


De Pronúncia a 2 de Dezembro de 2008 às 23:04
Paulo:
Eu um destes dias li num blogue, que já não sei qual foi (o autor que me perdoe), a seguinte frase:
"motivos para fazer revoluções há sempre muitos ... faltam é os revolucionários".
Quem ler isto já tá a ver um Che Guevara de saias (no feminino). Enganem-se! Eu não sou revolucionária nem nada que se pareça, até sou bem calminha. Quando começo a pensar no que vai mal é que me enervo um bocadinho e então ... !


De Portomaravilha a 3 de Dezembro de 2008 às 23:06
Boa Noite,

Achei o diálogo interessante. A "Pronúncia do Norte" no seu blog ( gostei) cita B Bretch . E, sobretudo, versos, deste grande poeta e não só, que foram e são uma referência na América do Sul.

Se tais versos são imprescindíveis na América do Sul , eles vão se tornando imprescindíveis na Europa.

Testa-se hoje nas Américas do Sul o que poderá angariar ainda mais lucros na Europa.

A periferia é um tubo de ensaio !

A problemática da nacionalização ou da distribuição privada da água está na ordem do dia. O combate actual da Câmara Municipal de Paris contra os grandes grupos privados Franceses ( Suez, etc.) atesta que a denreia rara do século XXI será a água.

Houve já tentativas de tentar fazer pagar a água da chuva aos camponeses Bolivianos. Perante as revoltas, por agora as multinacionais ( sobretudo Francesas) recuaram. Por quanto tempo ?

A ideologia nunca desapareceu. Marx está cada vez mais actual. Só que foram precisos 50 anos para entender que a tradução exacta do manifesto nunca foi "Manifesto do Partido Comunista" mas sim "Manifesto do Comunismo".

O que não é igual !

A "Pronuncia do Norte" tem razão no que escreve quanto à blog-esfera . Por exemplo, o não Francês à "Europa" nasceu dum simples blog. Não foi um não racista ou anti-europeu . Eu votei não ! Foi um não que reivindica uma Europa feita no respeito das conquistas socias ( Educação, Saúde, Reforma, ...)Francesas após a segunda guerra. Um alinhamento pelo cume não pelo baixo, para todos.

E, efectivamente, graças à blog esfera houve um debate fantástico. O feitiço virou-se contra o feiticeiro.

Existe uma grande tentativa para esvaziar a ideologia do debate. Não só em França como em Portugal.

Em Portugal o debate, na altura, sobre as propinas pareceu-me revelador do seguinte :

( Que fique bem claro que não pertenço a qualquer partido e que nada tenho a propor )

Uma universidade sem fundos não pode funcionar.

Porque não elaborar um sistema equacionado com os vencimentos das famílias ? Família com vencimento alto paga propina alta ; estudante desfavorecido recebe bolsa e paga propina baixa, etc.

Não estou a inventar. Foi o que funcionou após 68 até ao meio da década 80, em França. Conheci esse sistema. Funcionava.

Mas também não é bom idealizar !

No fundo, tal como aqui, as reivindicações igualitárias, recusando a ideologia e a teoria, acabaram por ser absorvidas pela prática, pelo dia-a-dia. Sem defesa. Sem pensamento. Sem recuo.

Continuo a pensar que a juventude Portuguesa carece de liberdade sexual. Sobretudo as mulheres. Segundo tenho ouvido e lido existe, quanto a este aspecto, um real problema !

Acho que o principal responsável pela situação actual de Portugal foi Cavaco Silva. Portugal, na altura, recebeu imenso da Europa e não houve projectos. A área do turismo é reveladora ( e há também exemplos para a indústria / o dinheirinho chegou para a formação dos empregados : Qual quê não precisam. Fica no meu bolso. Passados 20 anos a empresa faliu ! ) Lembro-me perfeitamente das campanhas em favor do turismo na época de Cavaco. Praia e sol ! Ora, na altura a Espanha já desenvolvia um turismo cultural e, além disso, os médicos do mundo inteiro, punham em guarda contra o perigo da exposição ao sol.

Não é por acaso que os nossos ancestrais, cheios de sabedoria, sempre se protegeram do sol !

É preciso ser-se ignorante para vender só sol e praia em Portugal. Eu acho que Portugal tem um património de sonho. Mas é claro : Ou se pensa a curto prazo ou se pensa a longo prazo ! E quem vendeu só sol e praia deve estar bem à rasca. É que Marrocos, Tunìsia... oferecem sol e praia a preços muito mais baratos e com melhores prestações. E não deixa de ser interessante ver imigrantes Portugueses a irem cada vez mais para as prais e sol do outro lado do Mediterrâneo, maribando-se para a terrinha dos antepassados. Eles que foram educados no culto da praia e do sol, escolhem a melhor prestação.

Isto saiu assim !

Está um pouco em desordem.

Mas voltarei com o documento da ocde que diz respeito ás directivas escolares em toda a Europa !

E Viva o Porto !


De Paulo Jerónimo a 4 de Dezembro de 2008 às 10:00
As coisas que tu sabes, meu amigo PortoMaravilha!
Bem hajas, e continua a partilha-las com os outros.

Um abraço.


De Maria Araújo a 6 de Dezembro de 2008 às 22:04
Estou encantada com o que li, não só no post, como nos comentários aqui feitos.
Não pertenço à "geração rasca", nem à "geração à rasca", mas sim "à geração do nada" de antes do 25 de Abril.
Penso que estamos a pagar pelo que foi feito, sim senhor, nos anos 80, em que uma geração gastou a seu bel-prazer o dinheiro que veio da UE.
Não me vou estender nada, porque está tudo dito.
Só quero dizer que lamento que os jovens bem formados, tenham que sair do país para produzirem os seus "frutos" lá fora.
Vamos ter alguma esperança.
Parabéns a quem fez este post e aos comentadores da GR.
Beijinhos.


De Paulo Jerónimo a 6 de Dezembro de 2008 às 22:48
Cantinho da casa,
Obrigado pela visita e o teu comentário, que certamente apraz a quem se dirige.
Que a esperança, que por esta época até está sempre em alta, se prolongue por longos dias e anos.

Continuação de Bom fim de semana!


De Pronúncia do Norte a 7 de Dezembro de 2008 às 22:00
Cantinho da Casa:
Muito obrigada pelos parabéns ao post, sinto-me muito honrada, tanto pelo convite, como pela aceitação ao meu contributo.
O sentido do texto era esse mesmo, é necessário continuar a ter esperança, afinal: "A esperança é a última a morrer".


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