Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008

pORTUGAL a uM pASSO dE xUTOS & pONTAPÉS

O tema podia dilatar em entrar na onda de assunto que é o que se está a passar na Grécia, mas não vou por aí.

 

Cheguei já tarde ontem a casa. Num gesto trivial, lá acendi a Tv a procura de alguma companhia para aqueles instantes finais, enquanto o sono vem e não vem, ao que me dei com a Fátima Campos Ferreira no ecrã, o que me situou no tempo, "estamos no serão de segunda feira", pensei eu, como se ver a figura da apresentadora do Prós e Contras do canal 1 ou olhar para um calendário de parede fosse a mesma coisa. Discutia-se "O que vem aí?" e na altura tinha a palavra um jovem bem falante o que facilmente me prendeu a atenção.

Defendia ele que a competição tem limite e tem/está a ser vencida pela cooperação. Que a cidadania está-se a impor a politica, e que a sociedade (e sim, falava da nossa, a Portuguesa) já não está disposta a ser ouvida apenas de quatro em quatro anos, e expressa-se de formas diferentes no quotidiano dos tempos que correm.

 

E eu estava para alí a digerir aquilo e a pensar com os meus botões como cada vez mais a juventude dos "rabos à mostra" corresponde, à uma crescente só voz, na sua forma de entender o mundo que os rodeia. Como cada vez mais encontro posições e ideais convergentes no que deve ser a bóia de salvação para o pântano em que nos enfiaram. E no meio desses ideais, uma das palavras mais em voga - cidadania - começa a fazer sentido na cabeça de muita gente, a quem a palavra "política" cada vez mais repugna. 

Vencido pelo sono e cansaço, não sei para onde caminhou o resto do programa, mas a julgar por algumas caras da velha guarda que pairavam pelo painel de convidados, imagino que nem todo o debate me prenderia assim tanto.

 

Antes de adormecer porém, e com aquilo na ideia, ainda tive tempo de recordar outro contemporâneo da Geração "rabos à mostra" que interveio no fórum da TSF nessa mesma manhã a propósito da eventualidade de mais um (!?) novo partido à esquerda. E dizia ele " a mim, o 25 de Abril, não me diz nada. Pode significar muito para os meus pais, os meu avós que o conquistaram, mas a mim, que já nasci em liberdade, não me diz nada! "  Ouvir isto assim de forma isolada pode parecer, a muita gente, uma das maiores ingratidões perante quem nos proporcionou essa tal liberdade, para outros, os tais que já nasceram em liberdade, e fácil de compreender a mensagem nas entrelinhas dessas palavras.

Trata-se de um "Okay, o 25 de Abril. Muito Obrigado! Agora vejam bem a merda que andam a fazer, e na qual nos estão a meter, a soldo dessa madrugada de Abril, que libertou uma geração, e cuja permissividade está a entalar outra".

 

Repetindo-me, Portugal precisa de sangue novo, Portugal pede sangue novo. E isto não significa necessariamente entregar os comandos a indivíduos ainda "mal barbados". Significa uma mudança de atitude, e que a Geração de Abril, meus amigos, essa já era...

 

Custará assim tanto perceber que Portugal já não vai em cantigas de Zeca Afonso e faz coro ao ritmo de Xutos & Pontapés?

 

 

Links com o programa : 1ª parte | 2ª parte | 3ª parte

 


Paulo Jerónimo às 08:59
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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

cAIXA pOSTAL [IX]

Para os mais pessimistas, os que estão convictos e dizem que Portugal e a crise não têm solução, ora aí estão umas boas filosofias que muito seriamente deveriam ser ponderadas como válidas, de tão pertinentes que são.

Cenas da caixa postal, vulgo e-mail, daqueles que não reencaminho nem que a vaca tusa. Mas que merecem ser destacados, lá isso merecem....

 

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Assunto: FW: Plano para salvar Portugal da crise...

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Passo 1:
Trocamos a Madeira e os Açores pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar o Sócrates.

Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário).
A indústria têxtil portuguesa é revitalizada. A Espanha fica encurralada entre os Bascos e o Sócrates.

Passo 3:
Desesperados, os espanhois tentam devolver o Sócrates. A malta não aceita.

Passo 4:
Oferecem também o Pais Basco. A malta mantem-se firme e não aceita.

Passo 5:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência.
Cada vez mais desesperados, os espanhois devolvem-nos a Madeira e os Açores e dão-nos ainda o Pais Basco e a Catalunha.
A contrapartida é termos que ficar com o Sócrates.
A malta arma-se em difícil mas aceita.

Passo 6:
Damos a independência ao País Basco.
A contrapartida é eles ficarem com o Sócrates.
A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar.
Sem o Sócrates Portugal torna-se um paraíso e a Catalunha não causa problemas.

Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta o Sócrates, e o País Basco pede para se tornar território português. A malta faz-se difícil mas aceita (apesar de estar lá o Sócrates).

Passo 8:
Fazemos um acordo com o Brasil. Eles enviam-nos o lixo e nós mandamos-lhes o Sócrates.

Passo 9:
O Brasil pede para voltar a ser colónia portuguesa. A malta aceita e manda o Sócrates para os Farilhões das Berlengas apesar das gaivotas perderem as penas e as andorinhas do mar deixarem de pôr ovos.

Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!

Passo 11:
Os espanhóis ficam tão desmoralizados, que nem oferecem resistência quando os mandamos para Marrocos.

Passo 12:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.

Passo 13:
A dimensão extraordinária adquirida que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico. Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma sobretaxa tão elevada que nem o preço do petróleo os salva.

Passo 14:
Economicamente asfixiados eles tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes o Sócrates e eles rendem-se incondicionalmente. Está ultrapassada a crise!
 
Facilíssimo, hein ???

:::: Isto dava tese de doutoramento

Paulo Jerónimo às 17:17
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Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008

o vITINHO sEMPRE nOS gARANTIU nOITES dESCANSADAS

 

Portanto, bom fim de semana! E sonhos felizes. Que o PR esteja convosco!

 

 

:::: Boa noite! Adeus, e até manhã.

Paulo Jerónimo às 09:01
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Quarta-feira, 3 de Dezembro de 2008

mAS o qUE é qUE eU vOS dISSE?

 

[Açores: PS Ignora veto de cavaco (e isto é um link!)]

 

 

O Instituto de Meteorologia e Geofisica Nacional acusa previsão de fortes chuvas , ventos, e tempestades,  para a zona de Belém nos próximos dias. Previsão essa antecipadamente aqui lançada . Portanto, se me dão licença,  e com o acerto que isto anda , bem como porque depois depois da tempestade vem sempre a bonança,  deixem-me ir alí registar o Euromilhões que já venho. Tá bem?

 

:::: gostas pouco, gostas...

Paulo Jerónimo às 18:24
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Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

vEM à pROPÓSITO. e dEPOIS, eSTÁ nA oRDEM dO dIA.

Esta Segunda-Feira, aquando da primeira crónica da Geração Rasca à convite, senti-me impelido a deixar o comentário que colo  a seguir  depois de assistir a mais uma peça jornalística sobre o assunto.
O julgamento do processo Casa Pia está na ordem do dia, é umas das maiores vergonhas ou... sei lá, nem tenho adjectivos para descrever  o que se está  a passar, desde que fizeram uma festança aquele senhor de óculos à entrada da Casa do Povo de São Bento, local para o qual, após ser largamente premiado indemnizado pelo que passou, voltou a ocupar. Mas há muitos mais. Não digo taxativamente: CULPADOS! mas isto tem devidamente de  se averiguar. É impressão minha ou andamos todos arrebanhados pelos do costume e com  isto a suceder-se mesmo debaixo das nossas barbas?
E  se tantas vezes já por aqui assumi o meu orgulho lusitano, já por outra, tem dias, que tenho vergonha de ser Português. ASSIM NÃO!
 
_____________
"De Paulo César a 24 de Novembro de 2008 às 11:35
O Pedro Conclui:
"uma geração que à rasca é o futuro do meu País e que quer ser "A" geração, e não apenas mais uma."

E sábia conclusão a tua Pedro.
Não sei bem como, mas esta geração, a que costumo dizer, "ser a geração que se segue" tem de ser espevitada. Precisava de ser mobilizada «a bem da Nação» como eles gostam de dizer. Caímos muito no comodismo, e no deixa andar.

O voto em branco, nem que fosse...
Ontem ví em certa parte confirmada a minha quase certeza de manipulação, podridão, e interceirismo  das classes que nos governam, desta feita por outros meios, e tão repugnáveis.
Refiro-me a reportagem da TVI sobre os ilibados, ou melhor, a forma como são ilibados os Poderosos suspeitos no Processo Casa Pia. E os que mexeram os cordelinhos e fizeram a recepção que fizeram na "Casa do Povo" de S. Bento, andam lá, vão andando a três anos, a seu bel prazer, e maioritário. Podem ser inocentes, não sei, mas os Portugueses MERECEM respeito, e ver isto bem definido, culpados ou inocentes! Assim cheira a podre que tresanda.
Como é possível um país se calar a isto? Não mexeu e mexe o povo meios e fundos acerca de uma "Esmeralda" ? Pois mas aqui não [era caso de] colarinhos brancos...
Continuamos todos a assobiar para o ar. Sempre o mesmo triste fado.
E diz o Sócrates: Porreiro, pá!
"
 
________
Ontem foi a vez da Grande Entrevista de Judite de Sousa.
 
 
[Primeira parte completa com esta Grande Entrevista à Catalina Pestana aqui]
 

PS: E o Sr. Pedro Namora? Conseguiu ser abafado?

Sinceramente, com um povinho e gente de merda que  por cá mora, mais vale de facto o homem poupar-se e estar calado. É que Jesus Cristo, foi a dois mil anos, e acabou crucificado.


Paulo Jerónimo às 14:18
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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

oPOSIÇÃO e gOVERNO

por Carlos Abreu Amorim, no Correio da Manhã

"Se Oposição houvesse, o Governo não ostentaria uma figura como Manuel Pinho.

Se a Oposição fizesse o seu papel, nunca Mário Lino teria condições de defender tudo e o seu contrário com o mesmo ensejo fictício de convicção. Se a Oposição funcionasse, Mariano Gago não ameaçaria os reitores das Universidades na pretensão pueril de iludir as suas próprias responsabilidades.

Se a Oposição se mostrasse, Ana Jorge não continuaria em funções após ter admitido não saber o montante das dívidas da Saúde; e as pastas da Justiça, do Ambiente e da Defesa até poderiam existir. Se a Oposição fosse firme, a ministra da Educação perceberia que há uma diferença entre governar e persistir na teima.

Se o Governo é mau também é porque a Oposição deixa muito a desejar.

________

:::: onde é que eu assino?

Paulo Jerónimo às 14:10
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